O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela deve concluir até o dia 20 de agosto a auditoria nas atas eleitorais que deram a reeleição a Nicolás Maduro. A análise atende a um pedido do ditador venezuelano, que segundo o Conselho Nacional Eleitoral, venceu as eleições com 51,2% dos votos.
O resultado é contestado pela oposição, que alega fraude e defende que o candidato Edmundo González Urrutia foi eleito com 66% dos votos.
De acordo com a presidente do Tribunal, Caryslia Beatriz Rodríguez, o veredito apresentado pela auditoria terá "caráter inapelável e cumprimento obrigatório".
Maduro visitou o Tribunal, que é alinhado ao Governo, na última sexta-feira (9) após pressão internacional. Países como Estados Unidos, Argentina e Uruguai reconhecem a vitória da oposição; já Rússia e China apoiam Nicolás Maduro.
O ditador venezuelano espera falar por telefone com o presidente Lula sobre o cenário político no país ainda nesta semana. No entanto, interlocutores do Planalto afirmam que a conversa só acontecerá se os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Lopez Obrador, também participarem.
O Governo do Brasil já afirmou que não reconhecerá a vitória de Maduro se as atas eleitorais não forem publicadas.