A Suprema Corte da Grécia proibiu o partido de extrema direita Helenos de participar das próximas eleições gerais do país, marcadas para 21 de maio.
O tribunal decidiu nesta terça-feira, por uma maioria de nove votos a um, manter as emendas adotadas pelo parlamento grego em fevereiro, que desqualificam os partidos liderados por políticos condenados por crimes graves, bem como aqueles que “não serviriam ao livre funcionamento do sistema democrático”.
Com a decisão, o ex-parlamentar Ilias Kasidiaris e seu partido não terão permissão para participar da votação, apesar de terem obtido votos acima do limite de 3% exigido para obter representação no parlamento.
Kasidiaris fundou a sigla após receber uma sentença de 13 anos de prisão em 2020. Ele foi condenado como membro líder de um partido de extrema direita, Aurora Dourada, pelo assassinato do rapper antifascista Pavlos Fyssas e outros crimes, incluindo assassinato, agressão e administração de uma organização criminosa.
A proibição do partido Helenos foi amplamente apoiada pelos principais partidos políticos da Grécia e pode afetar o resultado das eleições, já que o vencedor provavelmente terá mais facilidade em formar um novo governo.
O primeiro-ministro conservador Kyriakos Mitsotakis, do partido da Nova Democracia, de centro-direita, lidera as pesquisas de opinião.