O fundador do Wikileaks pode ser extraditado do Reino Unido para os Estados Unidos. A justiça britânica aceitou nesta sexta-feira (10) um recurso dos Estados Unidos para a extradição.
Julian Assange é acusado de divulgar ilegalmente documentos classificados como secretos pelo governo americano. O caso aconteceu entre 2010 e 2011 e desde então o ativista é acusado de violar a lei de espionagem e invadir computadores do governo americano.
O tribunal britânico aceitou as garantias americanas de que Assange terá cuidados especiais para impedir o suicídio do ativista. A defesa do australiano de 50 anos afirmava que a extradição não poderia ocorrer porque ele passa por um tratamento de saúde mental ou pediam que ele cumprisse pena no país natal.
Os advogados de Assange afirmam que ele vai recorrer da sentença, mas ainda não está claro, segundo a imprensa internacional, se há a possibilidade de recurso.
O ativista passou sete anos na embaixada do Equador em Londres para fugir da prisão, mas há dois anos, foi expulso do local e acabou preso pelas autoridades britânicas. Desde então, ele aguarda julgamento em uma penitenciária de segurança máxima.
Caso seja condenado nos Estados Unidos, as penas de Assange podem chegar a 175 anos de prisão.