A Suprema Corte dos Estados Unidos declarou, nesta quinta-feira (29), que as políticas de ações afirmativas para aumentar o número de negros, hispânicos e outros grupos em universidades são inconstitucionais.
A decisão foi motivada após ações contra as universidades de Harvard e da Carolina do Norte, que foram acusadas de discriminação contra alunos brancos e de ascendência asiática em prol de candidatos negros, hispânicos e indígenas. Essas acusações são negadas pelas universidades.
No entendimento do presidente do Tribunal, o conservador John Roberts, o benefício a um estudante que sofre discriminação racial tem que estar associado à “coragem” e à “determinação” dele e nas “experiências individuais”.
A universidade de Havard, uma das melhores do mundo, já disse que vai cumprir a decisão da Corte.
Outras instituições, no entanto, argumentam que a etnia é apenas um dos fatores usados na seleção e que restringir esse critério vai levar a uma diminuição desses grupos pouco representeados em universidades.
As cotas raciais são proibidas nos EUA, mas o critério de políticas de ações afirmativas eram uma forma de estimular a entrada de grupos menos representados nas universidades.
O ex-presidente Donald Trump se pronunciou sobre essa decisão da Corte, afirmando que esse é um “grande dia para os Estados Unidos”.