A Justiça do Rio aceita a denúncia do Ministério Público contra dois policiais civis que participaram da ação que terminou com 28 mortos no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em maio. Além disso, determinou que os funcionários sejam afastados das ações nas ruas e que não se aproximem das unidades policiais próximas à comunidade.
A denúncia é referente apenas à morte de Omar Pereira da Silva.
O MP denunciou os agentes por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e fraude processual.
Segundo a investigação, o crime foi praticado quando a vítima estava encurralada num dormitório infantil, desarmada e já baleada no pé.
Ainda segundo a denúncia, o policial responsável pelo disparo e outro agente, também denunciado, retiraram o corpo do local antes da perícia de chegar.
Os policiais também teriam colocado uma granada na cena do crime.
No registro da ocorrência, os agentes apresentaram uma pistola e um carregador, alegando falsamente terem sido recolhidos junto à vítima.
A defesa dos policiais nega as acusações e afirma que os dois agiram em legítima defesa.
A ação no Jacarezinho, em maio último, foi a mais letal do estado do Rio de Janeiro.