A economista Juliana Rosa, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta segunda-feira (24) os impactos da alta de juros realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Na última semana, o grupo elevou a Selic para 14,25% e sinalizou que deve manter o ritmo de acréscimo de um ponto percentual nas próximas reuniões para combater a inflação.
No entanto, a pressão inflacionária segue persistente e o mercado financeiro acredita que, mesmo com as ações do Bacen, a inflação deverá se manter em patamares altos.
Para Juliana Rosa, a inflação ainda reflete questões que impactaram a economia no ano passado, como o clima, o dólar, a alta de preços dos alimentos e insumos para indústria.
"Tem o próprio tamanho do impulso ao crescimento, que ainda se reflete na inflação de serviços, a que mais preocupa o Banco Central na decisão de aumentar juros", disse.
"A gente ainda vê uma economia ainda muito aquecida. Um desemprego que ainda está baixo. Por mais que haja uma perspectiva de menor crescimento, ainda há previsões de 2,5% esse ano. Menor que do ano passado, mas ainda considerável. Temos uma série de fatores que seguram a inflação em alta", concluiu.