O Ministério da Fazenda revisou a projeção da inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% para 3,7%, segundo nota divulgada nesta quinta-feira (16).
De acordo com a comentarista de economia Juliana Rosa, as estimativas divulgadas pela Secretaria de Política Econômica consideram as enchentes no Rio Grande do Sul como um dos fatores que influenciou o aumento da projeção.
As chuvas no RS provocaram impacto nos preços de produtos como arroz, carnes e aves. "O aumento nas estimativas para a inflação captura tanto os efeitos da depreciação cambial recente nos preços livres como os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos in natura, arroz, carnes e aves", diz a nota da Secretaria de Política Econômica.
Apesar da alta momentânea no preço desses alimentos nos próximos meses, os valores devem ser normalizados conforme o cenário se normalize. "Os preços desses alimentos devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes, com a normalização da oferta", diz a nota.
Nesta terça, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mostrou preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e, em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente.