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Juliana Rosa: Banco Central deve aumentar cortes na Selic a partir de setembro

Colunista analisou possíveis entendimentos do órgão na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom); expectativa é de queda mínima nos juros nesta quarta (2)

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A colunista Juliana Rosa participou do Jornal BandNews FM desta segunda-feira (31) e falou sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC) que ocorrerá na próxima terça e quarta-feira para definir a nova taxa de juros.

Segundo a jornalista, há uma perspectiva de corte na taxa Selic. Inclusive, o marcado financeiro prevê que existe um espaço para que o Bacen realize um corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, que atualmente encontra-se em 13,75%.

Juliana pontuou, no entanto, que embora as métricas mostram que existe a possibilidade de um corte maior na Selic, o Banco Central mostra-se conservador.

"Quando olhamos a última ata, da reunião passada [do Copom], o Banco Central deixa claro que vai cortar juros, que se prepara para fazer o corte de juros nesta semana. Ao mesmo tempo, fala a palavra 'parcimônia' e 'cautela'."

De acordo com a jornalista, as análises e previsões realizadas pelo Bacen na pesquisa Focus, o mercado financeiro vê espaço para corte com as quedas nas previsões da inflação e da própria taxa Selic no próximo ano.

"Parece que a expectativa do Banco Central, com corte da taxa de juros em 0,25 ponto percentual, é que tenha um corte maior nas próximas reuniões [do Copom]. São modelos do BC onde ele entende que é necessário um corte pequeno para, a partir de setembro, começar com cortes maiores."

Próxima reunião do Banco Central

Nesta terça e quarta-feira, 1º e 2 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá para discutir sobre os rumos da taxa de juros no país. O governo federal, desde o início do ano, realiza ataques contra a instituição e cobra uma diminuição da taxa Selic

A expectativa é de que haja um corte de, no mínimo, 0,25 ponto percentual no índice, embora membros do Planalto e do mercado financeiro já tenham expressado sua preferência de uma maior diminuição da taxa, num corte de 0,5 p.p.