A colunista Juliana Rosa, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta terça-feira (3) a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre de 2024. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um crescimento de 0,9% no período.
Para a especialista, trata-se de um crescimento que "veio para ficar" já que houve uma estruturação econômica que permitiu que o Brasil tivesse maior "musculatura para crescer no pós-pandemia".
"Teve muitos ganhos de inovação, tecnologia, reformas feitas, mas principalmente, teve impulso de gasto público muito grande. A dúvida é a sustentabilidade desse ritmo mais forte de crescimento econômico já que temos uma pressão inflacionária e de juros, o que deve fazer a economia perder fôlego nos próximos meses", pontuou.
Rosa ainda explica que os números foram positivos já que houve uma queda apenas nos resultados da agropecuária, atingida pelas intensas secas. Os demais setores tiveram resultados positivos.
"É bom lembrar que, antes desse 0,9%, as previsões para o terceiro trimestre começaram bem mais modestas. [...] Essa queda da agropecuária é prevista pelo impacto da seca, mas as previsões para agro já são bastante positivas. A agricultura vai seguir, mais para frente, contribuindo para o crescimento da economia brasileira", disse.
"Destaco o setor de serviços, principal crescimento desse resultado do PIB. Alta de 0,9%, é o que puxa para cima o desempenho do PIB, seguido pela indústria. Investimentos veio forte. Consumo com crescimento de 1,5%, é um bom crescimento", completou.
As projeções iniciais chegaram a indicar uma alta de até 0,5% no terceiro trimestre, mas índices econômicos como a criação de empregos levaram a uma revisão dos números.