A sessão de julgamento do processo que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) vai ser retomada nesta segunda-feira (8), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. A análise do processo recomeça com o voto da desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que seria a terceira a votar, mas pediu vista na última sessão.
Por enquanto, o placar está em 1 a 1. No primeiro dia de julgamento, o relator do processo, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, votou contra o pedido de cassação, afirmando que os autores das ações não conseguiram demonstrar que Moro cometeu irregularidades durante a pré-campanha eleitoral em 2022.
Em seguida, foi a vez do desembargador José Rodrigo Sade votar no sentido contrário. O magistrado apresentou uma série de gastos do ex-juiz com segurança, viagens, mídia e comunicação, atestando que os valores usados por Moro na pré-campanha ultrapassaram os R$ 2 milhões, quantia que ultrapassa em, pelo menos, 38% o teto dos gastos com a campanha. Para Sade, houve quebra de isonomia no pleito e os valores excessivos configuram prática de abuso de poder econômico.
Cinco dos sete desembargares ainda não votaram. Moro é acusado pelo PL e pela federação formada por PT, PV e PC do B, de abuso de poder econômico, lavagem de dinheiro e uso indevido dos meios de comunicação. Independentemente do resultado do julgamento do TRE-PR, a tendência é a de que o caso acabe no Tribunal Superior Eleitoral já que as partes podem recorrer.