Jovem morto em operação da polícia no Rio queria ser PM, diz mãe

Samuel Vicente e o padrasto, Willian Vasconcellos da Silva, foram mortos a tiros na volta de uma festa na Baixada Fluminense; namorada do jovem também foi baleada

BandNews FM

Jovem morto em operação da polícia no Rio queria ser PM, diz mãe Foto: Reprodução
Jovem morto em operação da polícia no Rio queria ser PM, diz mãe
Foto: Reprodução

O jovem morto durante uma operação policial no sábado no Rio de Janeiro tinha o sonho de ser PM e já teve a irmã baleada por agentes de segurança do Estado na mesma região, em 2018.

A afirmação é de Sônia Bonfim Vicente, mãe de Samuel Bonfim Vicente, de 17 anos, e esposa de Willian Vasconcelos da Silva, ambos mortos a tiros, segundo ela, por policiais militares, em Anchieta, na Zona Norte do Rio.

Sônia afirma que estava em uma festa com a família em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense, na madrugada de sábado, acompanhada do filho, do marido e da nora.

A namorada de Samuel, Camily da Silva Apolinário, de 18 anos, passou mal e pediu ao sogro e ao namorado que a levassem a um hospital.

Eles seguiam de moto até a UPA de Ricardo de Albuquerque, porém, na altura de Anchieta, os três foram atingidos por diversos tiros. Samuel e Willian foram levados para o hospital, mas não resistiram.

Já Camily, que foi baleada no rosto, na coxa e no pé, vai passar por cirurgias no Hospital Estadual Getúlio Vargas, também na Zona Norte. O quadro de saúde dela é considerado estável.

Segundo Sônia Vicente, o filho estudava em um colégio preparatório para a Polícia Militar - sonho de carreira do menino - e o esposo trabalhava em uma farmácia ao lado de casa.

Em nota, a Polícia Militar afirma que os agentes foram atacados a tiros enquanto realizavam patrulhamento em uma rua do bairro, com o objetivo de coibir o roubo de veículos e carga na região.

A corporação diz ainda que os feridos portavam duas pistolas, carregadores, munições, um conversor para submetralhadora, dois rádios comunicadores e drogas.

A família nega que os três estivessem armados e em posse de drogas, e reforçam que Samuel, Willian e Camily, não tinha envolvimento com o tráfico de drogas.