A Petrobras informou na manhã desta segunda-feira (20) que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência da estatal. O executivo é o terceiro a comandar a companhia no governo Jair Bolsonaro e ficou no cargo por pouco mais de dois meses.
"A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora", afirmou a companhia em um comunicado publicado.
José Mauro Coelho também renunciou ao cargo de membro no Conselho de Administração da empresa.
O executivo vinha enfrentando pressão do governo para deixar o cargo. Jair Bolsonaro já indicou Caio Paes de Andrade para o cargo de presidente, mas o nome dele precisa ser aprovado pela política de governança interna e há uma demora no trâmite.
A colunista da BandNews FM Mônica Bergamo adiantou que José Mauro Coelho tinha anunciado a decisão de renúncia para outros conselheiros da estatal. Ele usa a saída do cargo para evitar a criação de uma CPI contra a petroleira.
HISTÓRICO
O economista Roberto Castello Branco foi o primeiro a assumir o comando da Petrobras, logo depois das eleições de 2018. Ele foi demitido em fevereiro do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, que alegava não estar satisfeito com a mudança no preço dos combustíveis.
Em seguida, quem entrou foi o general Joaquim Silva e Luna, que permaneceu no cargo até março deste ano. Ele foi demitido em abril por ter seguido a lógica de mercado para definir os preços.
O governo indicou o economista Adriano Pires e o empresário Rodolfo Landim para ocupar o posto de presidente e presidente do Conselho da estatal, mas ambos negaram o cargo por conflitos econômicos. José Mauro Coelho assumiu a estatal no dia 14 de maio e se segura no cargo desde que Caio Paes de Andrade foi anunciado como substituto.