Após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo sobre o caso das joias sauditas, foi possível examinar as investigações da Polícia Federal (PF) - que, na semana anterior, indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a corporação, a venda das joias custeou a viagem do político aos Estados Unidos no fim de seu mandato presidencial. Um dos indícios apontados pela Polícia Federal seria a não movimentação financeira analisada nas contas internacionais pessoais do ex-presidente. O valor das joias, segundo a PF, seria de R$ 7 milhões.
"Quer dizer que Bolsonaro ficou com esse dinheiro todo? Não. Quer dizer que a negociação dessas peças aconteceu e o dinheiro vivo ficou com Bolsonaro para custear o período em que ficou nos Estados Unidos. A suspeita é que ele tenha sido bancado por esse dinheiro", informou Lana Canepa.
Além de Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o pai dele, Mauro César Lourena Cid, Fábio Wajngarten (ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo) e Frederic Wassef (advogado da família Bolsonaro) também foram indiciados no inquérito das joias.
Os crimes que o ex-presidente é acusado de cometer são: peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Agora, a Procuradoria-Geral da União deverá se posicionar sobre o caso e arquivar o indiciamento, pedir novas provas ou aceitar a denúncia - o que tornaria Bolsonaro réu no caso.