Conhecido no Brasil como o “Jogo do Tigrinho”, o “Fortune Tiger” é um simulador de caça-níquel tradicional. A disseminação de cassinos online tem se mostrado um problema cada vez maior e mais complexo para as autoridades brasileiras e a ilegalidade não impede o fácil acesso aos jogos de azar.

A ausência de uma regulamentação específica e o fato de as operadoras destas plataformas atuarem fora do país dificulta a punição dos verdadeiros responsáveis.

Jovens estão entre os mais suscetíveis a desenvolver o vício em apostas. E relatos de brasileiros nessa situação se tornaram comuns. O ouvinte da BandNews FM Luciano Lopes, de Brasília, conta que o sobrinho precisou ser internado após fazer empréstimos no nome da mãe e da avó.

Os cassinos online se tornaram um problema até mesmo dentro das escolas. O coordenador pedagógico Marcelo Siqueira revela o caso de um adolescente de 14 anos, de Curitiba, que não deixava de jogar mesmo durante as aulas.

Em entrevista a BandNews FM, o psicólogo especialista em neurociência, Naim Akel Filho, explica que o vício nos jogos de azar está ligado à busca por sensações de prazer e recompensa.

Na última semana, em Curitiba, a Polícia Civil prendeu quatro divulgadores do “Jogo do Tigrinho”. Eles usavam as redes sociais para prospectar novos apostadores. E ostentavam um padrão de vida acima da média para convencer que era possível ganhar dinheiro fácil no cassino.

Tramita no Congresso um projeto de lei para regulamentar as apostas esportivas no Brasil. No entanto, na avaliação de especialistas, da forma como foi redigido, o texto não altera o entendimento sobre os cassinos online e demais jogos de azar, que continuariam proibidos.