A defesa do jogador Marcinho afirmou que vai recorrer da decisão que condenou o atleta a prestar serviços comunitários pelo atropelamento que terminou com a morte de um casal de professores na região do Recreio dos Bandeirantes, zona Oeste do Rio de Janeiro, em dezembro de 2020.
A decisão desta terça-feira (18) foi proferida pelo juiz Rudi Baldi, que substituiu a condenação inicial de três anos e seis meses de detenção em regime aberto pela pena restritiva de direitos.
O magistrado da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também determinou a suspensão da habilitação do lateral do América-MG pelo mesmo período.
Na sentença, o juiz ressaltou que o crime foi provocado pela velocidade excessiva do veículo e pelo fato de as vítimas terem tentado atravessar a pista fora da faixa de pedestres.
O crime aconteceu na Avenida Lúcio Costa, onde o veículo, um modelo Mini Cooper, foi flagrado com velocidades que variavam entre 86 e 110 km/h, apesar de a máxima permitida ser de 70 km/h.
Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima atravessavam a pista quando foram atingidos pelo carro do jogador. De acordo com o Ministério Público, Marcinho foi visto dirigindo de forma imprudente, em zigue-zague, minutos antes do atropelamento.
O motorista fugiu sem prestar socorro às vítimas, e o carro foi encontrado abandonado a 600 metros do local.
Em depoimento, o atleta disse que não ingeriu bebida alcoólica naquela ocasião, mas imagens de câmeras de segurança de um restaurante mostram o jogadir bebendo cinco tulipas de chope horas antes da batida.