Os cubanos ainda enfrentam dificuldades de comunicação, com constantes apagões de internet, além da escassez de comida. Foi o que relatou à BandNews FM o morador da ilha Livian Santiago Díaz.
Ele explica que é muito difícil comprar alimentos e que as lojas onde antes tinham itens de primeira necessidade, agora só vendem água na moeda nacional; o resto, em dólar ou euro:
Livian Santiago Díaz afirma que a comida que a população tem acesso e que se pode comprar com a moeda nacional é a distribuída pelo governo de forma racionada:"Já não sabemos o que é comer carne”.
Ele trabalha como autônomo e diz que os problemas que motivaram os protestos dos últimos dias continuam - incluindo a falta de medicamentos. O cubano disse acreditar que, desta vez, o desejo maior é por uma mudança:
Livian Santiago Díaz avalia que, na ilha, as pessoas passam a vida trabalhando e não conseguem ver os frutos do seu trabalho.
Cuba passa por uma onda de protestos que já dura três dias. Os atos tiveram início em San Antonio de los Baños, quando um grupo de pessoas tomou as ruas exigindo liberdade do regime político. As manifestações ainda criticavam o governo pela escassez de comida, medicamentos e luz. Além da instabilidade no serviço de internet, diversos locais da ilha ainda sofrem apagões.
Autoridades do país afirmam que a população está seguindo a rotina diariamente e que não existe conflito ou manifestação, mas diversas organizações independentes de Cuba conseguiram divulgar imagens e vídeos de prisões, confrontos e violência policial.
Na tarde desta quarta-feira (14), o sistema de internet foi reestabelecido na ilha, mas ainda não é possível acessar algumas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.