O Itamaraty deverá detalhar nos próximos dias a operação de resgate dos brasileiros que vivem no Líbano. A expectativa é que o trabalho seja executado até o fim de semana.
A equipe do Ministério das Relações Exteriores negocia os últimos detalhes dessa operação, que incluem negociações com Israel que ainda estão em andamento.
Mais de três mil pessoas deverão ser repatriadas, volume maior do que os cerca de 1500 cidadãos que saíram de Israel, na maior missão de resgate da história. Para isso, seriam necessárias de 15 a 20 viagens do KC-30, o maior avião da Força Aérea Brasileira, que tem capacidade para 230 passageiros.
A princípio, a ideia é partir do próprio Líbano, já que o aeroporto de Beirute segue aberto. Uma alternativa é um terminal na Síria; o aeroporto da capital Damasco é, porém, considerado arriscado por causa de remanescentes do Estado Islâmico.
A prioridade no embarque será de idosos, mulheres, crianças, gestantes e pessoas doentes. A Embaixada brasileira em Beirute já tem uma lista com os nomes de quem quer deixar o país, segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Integrantes da aeronáutica afirmam que FAB precisa de no máximo 6 horas para iniciar o resgate e ressaltam que uma aeronave já está de prontidão para decolar assim que o sinal verde for dado pelo Palácio do Planalto.
Na segunda-feira (30), no México, o presidente Lula criticou o conflito de Israel contra o Hezbollah e os ataques aéreos que já deixaram mais de 700 mortos no Líbano.