A diplomacia brasileira comemorou os sinais enviados pela Rússia de que a proposta do Brasil para intermediar a paz com a Ucrânia pode ser aceita. As informações são do âncora da BandNews FM Rodrigo Orengo, que conversou com diplomatas que acompanham o assunto. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido a criação de um grupo de países sem interesse no conflito para mediar um possível cessar-fogo. O petista afirmou ter a intenção de criar um “G7 da Paz”.

Nesta quinta-feira (23), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, disse analisar a proposta brasileira. Nesta sexta-feira (24), o conflito no Leste Europeu completa um ano sem muitos sinais de paz.

A mesa de negociação para um cessar-fogo está paralisada desde meados do ano passado. Na ocasião, a Turquia tentou mediar um acordo para o fim da guerra, mas não obteve sucesso. Apenas um acordo para a exportação de grãos ucranianos foi assinado.

O Itamaraty também comemorou a aprovação de uma moção da ONU pedindo a retirada de tropas russas do território ucraniano. O Brasil apoio o texto, mas conseguiu colocar no texto um pedido pela “cessação de hostilidades” de ambos os lados. O fato foi considerado uma vitória da diplomacia brasileira.

No Ministério das Relações Exteriores, os sinais de que Rússia e Ucrânia estão dispostos a negociar a paz com intermediação do Brasil foram vistos com pequenas vitórias da diplomacia brasileira, que volta a ter certo protagonismo no cenário internacional, segundo diplomatas ouvidos pela reportagem.