Após o parlamento de Israel votar - por unanimidade - de maneira favorável a aprovação de uma medida que limita os poderes do Judiciário, a população local foi às ruas e protestou contra a aprovação do texto. Milhares de pessoas fecharam ruas e a polícia precisou utilizar jatos de água, além da cavalaria, para dispersar os manifestantes. Ao todo, 40 pessoas foram presas.
A aprovação da reforma do Judiciário acaba com a chamada "pauta da razoabilidade". Isso porque Israel não tem Constituição e é governada pelas decisões das Cortes e pelo "padrão da razoabilidade" do poder Legislativo.
Com a reforma, a Suprema Corte não mais poderá reverter decisões do parlamento. A medida passou a ser articulada pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu desde a última eleição, há sete meses.
Entre outras medidas, a reforma do Judiciário de Israel prevê um número mínimo de votos favoráveis na Suprema Corte para que uma medida seja aprovada e amplos poderes para que políticos nomeie ministros para a mais alta instância do país.
"Vale destacar que Netanyahu é investigado por corrupção", destacou Kieling.
Pressão internacional
Aliados de Israel, como os Estados Unidos, passaram a pressionar o governo de Benjamin pela reforma aprovada. Os norte-americanos lamentaram a decisão e afirmaram que trata-se de um duro golpe na democracia do país. Investidores também se manifestaram de maneira contrária à medida e pontuaram que, com o fim da autonomia na Suprema Corte, há uma diminuição no ímpeto dos investidores com a imprevisibilidade do Judiciário.