Israel e Hamas chegam a um acordo para a libertação de 50 reféns que estão sendo mantidos na Faixa de Gaza durante uma pausa na guerra que deve durar quatro dias.
O início da paralisação deve ser anunciado dentro das próximas 24 horas.
Se bem-sucedida, será a primeira cessação nas hostilidades desde o começo do confronto em 7 de outubro.
Em troca, o Hamas afirma que 150 mulheres e adolescentes palestinos serão libertados de prisões israelenses.
O grupo islâmico diz também que a pausa permitirá a passagem de centenas de comboios de ajuda humanitária terão a passagem autorizada para a Faixa de Gaza.
Apesar do anúncio do acordo, o território amanheceu nesta quarta-feira (22) ainda sob ataques das Forças de Defesa de Israel antes da confirmação do início da pausa.
O primeiro-ministro do estado judaico deixou claro que a cessação nas hostilidades é apenas uma medida temporária. Benjamin Netanyahu ressaltou nesta terça-feira (21) que a guerra vai continuar.
Apesar de a ONU ter demandado a realização de uma pausa humanitária em resolução aprovada pela assembleia-geral, a paralisação de agora decorre da decisão entre as duas partes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre a guerra durante uma cúpula extraordinária do Brics, realizada à distância.
O chefe de Estado brasileiro repetiu as palavras do secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, que tratou a Faixa de Gaza como um “cemitério de crianças.”
O primeiro-ministro do Qatar se manifestou nas redes sociais e agradeceu o papel dos Estados Unidos na negociação da pausa.
Mohammed bin Abdul Rahman disse esperar que o acordo possa abrir caminho para uma tratativa mais abrangente e que coloque um fim à guerra.