As Forças de Defesa de Israel dizem que estão realizando “ataques direcionados” com o uso de tanques de guerra na região norte da Faixa de Gaza.
Os militares afirmam que essa manobra representa uma preparação para os próximos estágios do combate.
O movimento acontece no momento em que crescem os sinais de que o estado judaico poderá realizar uma invasão efetiva do território palestino.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está se preparando para a incursão terrestre, mas não falou numa data específica.
Enquanto isso, em Nova York, o Conselho de Segurança das Nações Unidas continua sem atingir um consenso em relação à guerra.
O colegiado rejeitou duas resoluções apresentadas nesta quarta-feira (25).
A primeira, entregue pelos Estados Unidos, foi vetada por Rússia e China, que criticaram a falta de um pedido de cessar-fogo no texto.
Já a segunda proposta, da diplomacia de Moscou, que não obteve o mínimo de votos necessários e teve vetos de americanos e britânicos.
O Brasil segue na presidência do Conselho de Segurança até o fim deste mês.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que tem presidido as últimas reuniões, diz que o colegiado ainda tenta chegar numa resolução possível.
O secretário-geral da ONU se defendeu das críticas de Israel sobre o discurso que ele proferiu na abertura da sessão do Conselho de Segurança de terça-feira (24).
O português Antônio Guterres negou ter justificado os ataques do Hamas em território israelense.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o conflito de genocídio.
Ele falou em discurso na solenidade que instalou o Conselho da Federação, um órgão projetado para fortalecer a relação do Governo com estados e municípios.
O presidente disse que faria uma participação curta no evento porque tinha um telefonema marcado com o emir do Qatar para tratar da saída de brasileiros em Gaza.
Lula ressaltou o número de 2 mil crianças que teriam sido mortas nos ataques de Israel, segundo o ministério da saúde da Faixa de Gaza.
Mais de 100 crianças são mortas por dia em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas, no último dia sete, segundo o Unicef.
Em entrevista exclusiva à Rádio BandNews FM, o porta-voz da entidade, Ricardo Pires, pede que o corredor humanitário em Rafah continue aberto para a entrega de ajuda, como comida e água.
Quase 8 mil pessoas morreram na guerra, segundo os números divulgados pelos dois lados do confronto.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, diz que o conflito já fez 6,5 mil vítimas no território palestino. Já em Israel, são 1,4 mil mortos. As forças israelenses dizem ainda que Hamas mantém mais de 200 reféns.