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Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann serão porta-bandeiras do Brasil em Paris

Atletas da canoagem e do rúgbi, respectivamente, foram escolhidos para a cerimônia de abertura

Da Redação

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Montagem: Renato do Val e Gaspar Nóbrega/COB

O Comitê Olímpico Brasileiro anunciou nesta segunda-feira (22) os porta-bandeiras do país na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris 2024: Isaquias Queiroz, da canoagem, e Raquel Kochhann, do rúgbi.

Eles foram escolhidos para representar a delegação no desfile pelo Rio Sena, nesta sexta-feira (26), com transmissão da Rádio BandNews FM, às 14h (De Brasília).

Isaquias, que quase morreu ainda criança e tem apenas um dos rins, fez das canoas dos pescadores de Ubaitaba instrumento para ganhar quatro medalhas olímpicas e popularizar a canoagem velocidade: duas pratas (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m) na Rio 2016, e um ouro em Tóquio 2020 no C1 1000m. Portanto, ele defenderá o título na prova e ainda competirá no C2 500m.

“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente, por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade. É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas, agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser muito especial”, disse o atleta de 30 anos.

Raquel é natural da cidade de Saudades, no interior de Santa Catarina, e sonhava em marcar gols no futebol, mas acabou mudando o destino. Chegou à seleção e liderou as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina, desde que o rúgbi sevens entrou para o programa, na Rio 2016. Um pouco antes da segunda participação, em Tóquio 2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama.

Ela todo o tratamento mantendo-se em atividade e voltou ao alto rendimento. Em dezembro de 2023, foi novamente convocada para a seleção e agora celebra a volta ao palco olímpico carregando o pavilhão de um Time Brasil majoritariamente feminino, com 153 mulheres dentre os 276 classificados.

“Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir", comentou a atleta.

Isaquias finaliza a preparação em Portugal e viajará à França pontualmente para participar da cerimônia de abertura. As disputas da canoagem velocidade ocorrerão no estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, a cerca de 30 km de Paris, apenas na segunda semana dos Jogos. O baiano estreará no dia 6 de agosto, nas eliminatórias do C2 500m. A estreia individual no C1 1000m será no dia 7.

O rúgbi brasileiro está no Grupo C e abre a jornada de competições no Stade de France com duas partidas no dia 28. De cara enfrentará a França, dona da casa, e na sequência encara os Estados Unidos. No dia 29 o time pega o Japão.

Em Paris, o Time Brasil conta com a quarta maior delegação da história do país, com 276 integrantes, atrás apenas de Pequim 2008, Rio 2016 e Tóquio 2020. Deste total, 55% são mulheres, pela primeira vez maioria no grupo de classificados.

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