O governo iraniano restringiu o acesso à internet no país após o quinto dia consecutivo de protestos depois que uma turista morreu enquanto estava sob custódia da polícia de costumes do Irã. Nesta quarta-feira (21), pelo menos sete pessoas morreram em manifestações pela memória de Mahsa Amini, de 22 anos.
De origem curda, ela foi detida no último dia 13 de setembro por não estar cobrindo o rosto com o hijab, o véu imposto que deve cobrir os cabelos. A jovem morreu três dias depois em um hospital e existe a suspeita de que ela foi agredida enquanto estava sob custódia.
O Instagram, a maior rede social do país, está com o funcionamento parcial. Cidadãos relatam não conseguirem enviar vídeos pelo WhatsApp e em uma província de maioria curda, a conexão toda dos computadores foi atingida.
O governo iraniano nega que Mahsa tenha sido agredida enquanto estava detida. O Comissário de Direitos Humanos da ONU pediu uma investigação imparcial sobre as causas do óbito.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país, pediu condolências aos familiares da vítima e dose estar triste com a morte.
Desde o enterro da mulher, centenas de mulheres vão às ruas de diferentes cidades do Irã para queimar hijabs. Os protestos são combatidos com violência pelas forças de segurança. Não há dados oficiais sobre pessoas e feridos nas ações.
O Irã é conhecido por ser um país conservador e com regras morais rígidas. Por conta do programa nuclear do país, há diversas sanções econômicas impostas o que distância a nação de outros países ocidentais.