O Irã condenou mais três pessoas à morte nesta segunda-feira (9) por participação nos protestos que sacodem a região desde a morte de uma jovem sob custódia da polícia moral.
Após a morte de Masha Amini, em setembro, mulheres se manifestam contra a obrigatoriedade do uso do véu no país. A jovem morreu em uma prisão depois que passou mal quando estava detida pelo uso errado do véu.
O julgamento que sentenciou os três à morte, também deu o veredito ao jogador Amir Nasr-Azadani de 16 anos de prisão. A família diz que ele confessou algo que não fez depois de ser torturado. Azadani ainda pode recorrer na Suprema Corte.
Países têm repudiado a forma como o Irã tem lidado com os protestos.
A ministra de Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, chegou a dizer que “um regime que mata sua própria juventude para intimidar a população não tem futuro”.
Os Estados Unidos divulgaram uma nota repudiando os atos. A França disse que as sentenças se somam a tantos outros atos que violam os direitos humanos e liberdades no Irã.
O Papa Francisco pediu o fim da pena de morte.
O líder iraniano fez um pronunciamento afirmando que essas pessoas atearam fogo em locais públicos e mataram agentes de segurança, cometendo o crime de traição, que pode vir com sentença de morte.
O Irã é o segundo país que mais mata prisioneiros, perdendo apenas para a China, segundo a Anistia Internacional.
Outras 17 pessoas foram sentenciadas à morte desde o início dos protestos.
ONGs afirmam que cerca de 500 pessoas morreram por causa dos protestos, mas o governo confirma apenas 300.