Após seis meses consecutivos de queda, o Índice de Preços ao Produtor tem variação de 0,92% em agosto frente a julho, segundo o IBGE. O IPP mede os preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes.
12 das 24 atividades industriais tiveram variações positivas de preço. O acumulado no ano foi de -6,32%, a variação negativa mais intensa para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2014. Já o acumulado em 12 meses ficou em -10,51%.
O destaque veio para refino de petróleo e biocombustíveis, como o setor industrial, com maior composição do resultado agregado na comparação entre os preços de agosto e julho.
A atividade foi responsável por 0,72% de influência na variação de 0,92% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram indústrias extrativas, metalurgia e vestuário.
Os resultados do refino vêm na esteira dos reajustes nos combustíveis anunciados pela Petrobras nas refinarias em 16 de agosto. A mudança foi feita tanto para o óleo diesel, como pela gasolina.
Para tentar frear essa alta, a gestão de Jean Paul Prates, presidente da petroleira, e o Ministério de Minas e Energia apostam no aumento da capacidade de refino.
Nesta quarta-feira (27), o ministro Alexandre Silveira, defendeu a jornalistas a recompra de refinarias privadas vendidas pela Petrobras.