A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (30) mandados de busca e apreensão em empresas de Francisco Maximiano. O dono da Precisa Medicamento é investigado em um esquema de desvio de recursos na venda de medicamentos para o governo federal.
Segundo as investigações, o empresário está envolvido em um “esquema de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos em troca de apoio na contratação de empresas” que pertencem a Maximiano.
Dono também da Global Gestão em Saúde, o empresário é investigado por não ter entregue medicamentos comprados pelo Ministério da Saúde.
Os policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios de São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Itapevi (SP), Barueri (SP), Santana do Parnaíba (SP) e Passos (MG).
Esta é a 14ª fase da Operação Descartes, a fase atual leva o nome de Acurácia. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Francisco Maximiano também é investigado pela CPI da Pandemia por suspeitas na negociação de compra da vacina indiana contra a Covid-19 Covaxin.
Segundo a Receita Federal, a organização criminosa investigada forneceu equipamentos eletrônicos sucateados para a comercializadora de medicamentos. Os aparelhos de GPS sem valor comercial seriam utilizados para o gerenciamento dos produtos que seriam vendidos para o Ministério da Saúde.
O valor pago pelos supostos aparelhos era então devolvido pela organização criminosa em espécie, para pagamento a agentes públicos e a outros beneficiários não identificados. Os valores também foram usados para pagar por voos privados de empresa de táxi aéreo. Nessa operação, também teriam participado lobistas de Brasília, Minas Gerais e São Paulo.