Interventor do DF deve entregar relatório ao STF sobre atos em Brasília

Ricardo Cappelli prepara um documento consolidado sobre o dia 8 de janeiro e deve começar transição com novo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

BandNews FM

Interventor do DF deve entregar relatório ao STF sobre atos em Brasília
Interventor do DF deve entregar relatório ao STF sobre atos em Brasília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O interventor na área de Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, pode adiar a entrega de um relatório ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com um diagnóstico das informações levantadas sobre o que ocorreu antes e depois dos atos criminosos do dia 8 de janeiro, em Brasília.

De acordo com Cappelli, o documento está em processo de finalização e terá informações precisas e apuradas. A entrega estava prevista para esta quinta-feira (26), mas novas imagens da invasão do Supremo divulgadas na quarta (25) entraram na mira do relatório e podem adiar a apresentação do estudo.

A investigação quer saber o motivo pelo qual PMs desmontaram o bloqueio em frente ao tribunal. Imagens mostram que havia linha de contenção e policiais entraram nas viaturas, abrindo caminho para os criminosos. Investigadores vão identificar para onde foram esses veículos e se havia necessidade de desmobilização para atender chamado de outro ponto do protesto. O documento também vai analisar aumento repentino de acampados no QG do exército na véspera do dia 8 de janeiro.

Cappelli ainda afirmou que um amplo esquema de segurança está em desenvolvimento para garantir a tranquilidade na retomada do Legislativo e do Judiciário no dia primeiro de fevereiro. 

O interventor explicou que a presidente do STF, Rosa Weber, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pediram atenção especial neste momento. 

Com o período de intervenção na segurança da capital federal chegando ao fim no próximo dia 31, o governo local anunciou o novo secretário de Segurança Pública. Sandro Avelar ocupará o cargo que era de Anderson Torres até o 9 de janeiro. Ele foi exonerado e é investigado por suposta omissão durante os atos e tentativa de golpe.  

Ele já ocupou o cargo entre 2011 e 2014 na gestão de Agnelo Queiroz, do PT. Delegado da Polícia Federal desde 1999, Avelar também já ocupou cargos no Ministério da Justiça. 

A governadora em exercício, Celina Leão, afirmou que a gestão quer utilizar os últimos dias do mês de janeiro para começar uma transição. Avelar deve assumir a pasta já no primeiro dia de fevereiro.