O influenciador digital Renan Rocha da Silva, dono da Porsche envolvido no acidente que terminou na morte de um motociclista em Teresópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, é considerado foragido por outro inquérito da Polícia Civil.
A corporação apura as publicações compartilhadas por Renan nas redes sociais fazendo manobras arriscadas em vias públicas.
Apesar do carro de luxo estar no nome do influencer, um homem identificado como Pablo Gonçalves Pinto se apresentou como condutor do veículo envolvido na morte do motociclista Adilson Lima Correa, na última quinta-feira (1).
Momentos antes do crime, o influenciador foi visto por um frentista em um posto de combustível sozinho. Segundo a testemunha, ele deixou o local dirigindo a Porsche.
Ainda em depoimento, o profissional afirma que Renan acelerou o carro antes de sair do estabelecimento e simulou um racha com um outro cliente.
A distância entre o posto de combustível e o ponto do acidente é de oito quilômetros.
Na semana passada, a Justiça do Rio de Janeiro expediu um mandado de prisão preventiva por descumprimento de medidas cautelares no inquérito que investiga as publicações de manobras perigosas. O suspeito tem mais de 200 mil seguidores nas redes sociais.
As investigações apontaram que o influenciador digital não possuía carteira de habilitação. Os policiais também desconfiaram do crescimento patrimonial de Renan em três anos. Em 2022, as autoridades já tratavam o influenciador como uma “ameaça para a sociedade”. Ele chegou a ser indiciado mais de 180 vezes.
As medidas cautelares impostas eram comparecimento mensal em juízo, proibição de sair do município, suspensão das contas das redes sociais, recolhimento domiciliar após às 21h e proibição de frequentar bares e casas de festas. No entanto, Renan criou outro perfil na internet, onde faz postagens frequentes.
Na própria quinta-feira (1), o Ministério Público representou pela prisão preventiva do influenciador digital. A promotora entendeu que a liberdade de Renan coloca em risco a ordem pública. O pedido foi aceito pela juíza Marcela Assad Caram Januthe Tavares.
Em nota, a Polícia Civil disse que os agentes estão em busca de testemunhas e imagens para esclarecer todas as circunstâncias do fato.
A defesa do influenciador disse que Renan não tem qualquer envolvimento com o incidente e que não era o motorista do veículo.