O Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo fechou o mês de junho com queda de 0,08 na média dos preços. É a primeira medição mensal da inflação oficial que registra deflação. O recuo nos preços divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (11) foi influenciado, principalmente, pelos itens de alimentos e bebidas e transportes.
No acumulado do ano, o IPCA tem alta 2,87% e, nos últimos 12 meses, sobe 3,16%. O patamar está dentro da meta da inflação, que é de 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Com os preços cedendo, fica ainda maior a expectativa para a redução da taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, marcada para o início de agosto. A Selic atualmente em 13,75% deve ter um corte de, no mínimo, 0,25 ponto percentual.
O índice de junho é o menor para o mês desde 2017. No mesmo período do ano passado, os preços apresentaram elevação de 0,67%.
Dos nove grupos pesquisados, quatro apresentaram quedas: alimentos e bebidas (-0,66%), artigos de residência (-0,42), transportes (-0,41%) e comunicação (-0,14%). A maior variação foi no campo da habitação, com alta de 0,69%.
A safra recorde e a desvalorização do dólar têm auxiliado nos números.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, afirma que o índice de inflação de junho reforça que há espaço para que o Copom dê início a uma trajetória de queda da taxa básica de juros. Para a jornalista, a discussão agora é qual será o tamanho do corte da Selic no mês de agosto, na próxima reunião do Copom.