A inflação e o poder de compra dos norte-americanos influenciaram o voto em Donald Trump, declarado vencedor das eleições presidenciais nos Estados Unidos nesta quarta-feira (6).
Em entrevista ao BandNews Station, o professor de relações internacionais Sidney Leite avaliou que a economia sempre tem grande peso ao eleitor no país. "Quando a economia vai bem para o americano médio, o governo ganha. O americano é quem mais consome no mundo", afirma.
Leite pontuou que a inflação atrapalhou a campanha de Kamala Harris, atual vice-presidente da gestão de Joe Biden. "A inflação foi decisiva para a economia, a inflação deteriorou os índices positivos que a Kamala poderia levar para o eleitor americano, inclusive a questão do desemprego", pontuou.
Atualmente, a taxa de desemprego nos Estados Unidos é de 4,1% e a inflação atual é de 2,4%, mas durante toda a gestão de Biden, chegou a até 9,1% ao ano.
Leite cita que o índice de desemprego é algo a ser cuidadosamente avaliado nos Estados Unidos. "É preciso analisar se o emprego gerado, tem o mesmo patamar salarial anterior? Ou o empregado tem um salário menor? Isso é marcante no eleitor norte-americano", disse.
Trump volta ao poder em 2025
Com 276 delegados vencidos até a manhã desta quarta-feira (6), Donald Trump voltará à Casa Branca após perder a eleição de 2020.
O ex-presidente bateu Kamala Harris e se tornará o 47º presidente dos Estados Unidos após uma eleição repleta de surpresas e momentos tensos, que teve os dois candidatos empatados nas pesquisas até o último momento.
Trump se torna o primeiro presidente americano desde Grover Cleveland a retornar ao cargo para um segundo termo não consecutivo após perder a reeleição – Cleveland deixou a presidência em 1889 e mais tarde voltou em 1893.
Entretanto, o presidente eleito não poderia se candidatar em 2028, uma vez que a Constituição americana barra que uma mesma pessoa exerça mais de dois mandatos como presidente, sejam consecutivos ou não.