A inflação dos alimentos da cesta básica subiu mais que o dobro da inflação geral no Brasil nos últimos 12 meses. O preço da cesta cresceu 26,75%, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 11,73%.
O dado é de um estudo do curso de Ciências Econômicas da PUC-PR, que desenvolveu o Índice de Inflação da Cesta Básica e foi divulgado nesta sexta-feira (24).
O indicador é calculado pelos mesmos parâmetros do IBGE, que mede os outros índices inflacionários, levando em conta as despesas de consumo das famílias nas áreas urbanas, com renda de 1 a 40 salários mínimos, e acompanha a variação de preços de 13 alimentos essenciais que fazem parte do consumo mensal dos brasileiros: arroz, feijão, farinha, batata inglesa, tomate, açúcar cristal, banana prata, contrafilé, leite longa vida, pão francês, óleo de soja, margarina e café em pó.
Somente no mês de maio, a alta da cesta básica foi de 0,71% sobre abril e também ficou acima do resultado do IPCA para o mês, que teve alta de 0,47%. O café em pó e o tomate são os produtos que tiveram o maior aumento nos últimos 12 meses, 67,01% para o café e 55,62% para o tomate.
Prévia da inflação
Também nesta sexta foi divulgada a prévia da inflação de junho: 0,69%. A taxa ficou 0,10 ponto porcentual acima do registro no mês anterior.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta. O maior impacto veio dos Transportes, que desaceleraram em relação a maio.
A maior variação veio de Vestuário, seguido por Saúde e cuidados pessoais. O grupo Habitação, que havia registrado queda no mês anterior, subiu em junho.
A desaceleração do grupo Transportes foi motivada pela queda nos preços dos combustíveis, que haviam subido em maio. Apesar da alta no valor do litro do óleo diesel, o etanol e a gasolina caíram.
Já os principais aumentos vieram de passagens aéreas (11,36%), do seguro voluntário de veículo (4,20%) e do emplacamento e licença (1,71%).