Inflação da Argentina bate recorde em 33 anos e chega a 221,4%

Índice do país superou o da Venezuela e já é o maior na América do Sul

Rádio BandNews FM

Inflação da Argentina bate recorde em 33 anos e chega a 221,4%
Milei anuncia decreto com mais de 300 reformas para conter crise argentina
Reuters/Agustin Marcarian

A Argentina bateu o recorde inflacionário dos últimos 33 anos. Nesta quinta-feira (11), o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou a inflação do país durante o ano de 2023 e o índice chega a 211,4% acumulados, maior número desde maio de 1991 quando a inflação atingiu 232,1%.

A atualização fez com que Argentina superasse a inflação da Venezuela, que fechou 2023 em 193%.

O índice mensal também fechou em alta. Em dezembro de 2023, a taxa registrada foi de 50,5 pontos porcentuais maior que a do mês anterior: alta de 25,5%.

As categorias com maiores altas aos consumidores argentinos foram bens e serviços (32,7%), saúde (32,6%), transporte (31,7%) e alimentação (29,7%.)

Uma das medidas do presidente Javier Milei que ajudaram a potencializar a alta dos preços em dezembro é o "Plano Motosserra", que prevê, entre outros pontos, a desvalorização do peso, redução de subsídios e cortes em secretarias e ministérios.

Também entra na conta o "decretaço", que revoga ou modifica mais de 350 normas, viabiliza a desregulamentação econômica do país e inclui uma reforma trabalhista, que já foi revogada.

Uma greve geral já foi convocada por sindicatos de trabalhadores para 24 de janeiro. Hoje, cerca 40% dos argentinos vivem na linha da pobreza.