A Inflação da Argentina chega a 254,2% no acumulado dos últimos 12 meses e bate recorde de três décadas. O índice fechou o mês de janeiro em 20,6%, abaixo dos 25,5% registrados entre novembro e dezembro de 2023. A previsão do Ministério da Economia do país é de que a desaceleração continue nos próximos meses.
Os maiores aumentos foram registrados nos setores de Bens e Serviços, Transporte e Comunicação.
No fim do ano passado, o presidente Javier Milei anunciou uma desvalorização de 50% do valor do peso argentino, abertura de diversos mercados econômicos e os primeiros ajustes de tarifas de transporte e serviços públicos. Mesmo com a queda em janeiro, a inflação mensal permanece próxima ao recorde histórico registrado em fevereiro de 1991 em 27%.
Em dezembro, os salários subiram menos de 9% e em janeiro quase 15%, abaixo da inflação.
Luis Caputo, ministro da Economia da Argentina afirmou que o Governo vai adotar outras medidas executivas para alcançar neste ano a meta de "déficit zero", que propõe manter o governo dentro do Orçamento planejado em troca de uma linha de crédito no valor de US$ 44 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional, o FMI.
O Indec, Instituto Nacional de Estatística e Censo, fixou nesta quarta-feira (14) a cesta básica alimentar em 285.561 pesos (US$ 324,5, R$ 1.613) e a cesta básica total em 596.823 pesos (US$ 674,7, R$ 3.354).