O Índice de Preços ao Produtor, que mede a inflação na "porta da fábrica", ou seja, sem impostos e frete, fechou o ano de 2021 com alta de 28,39%, recorde da série histórica desse indicador, iniciada em 2014. O número é 9 pontos porcentuais maior que o registrado no acumulado do ano anterior.
Entre as atividades que fecharam o ano passado com as maiores elevações estão: refino de petróleo e biocombustíveis, com alta de quase 70%, outros produtos químicos, com 64%, além de metalurgia e madeira, com aumento de mais de 40% cada. O mês de dezembro de 2021 registrou queda de 0,12% na comparação com o mês anterior.
Embora tenha apresentado índice recorde no acumulado anual, o IPP demonstrou desaceleração no segundo semestre. O gerente de análise e metodologia da Coordenação de Indústria do IBGE, Alexandre Brandão, afirma que o resultado foi diretamente afetado pelos quatro maiores setores da indústria.
O economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, Matheus Peçanha afirma que o IPP está diretamente ligado à inflação do ano de 2021.
Os preços de 17 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações positivas ante o mês anterior. As quatro maiores variações, em termos absolutos, foram: as quedas nas indústrias extrativas e metalurgia, e as altas em outros produtos químicos e outros equipamentos de transporte.