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Inflação anual da Argentina atinge 64% e argentinos protestam nas ruas

Alta média dos preços foi de 5,3% em junho; previsão é de inflação próxima aos 90% até o fim do ano

Rádio BandNews FM

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Foto: Reuters

Argentinas marcharam pelas ruas de Buenos Aires nesta quinta-feira (14) contra a alta nos preços dos produtos e a deterioração econômica do país. Os protestos ocorreram no mesmo dia em que o Idec (instituto de estatísticas) anunciou uma inflação de 5,3% em junho, com índice acumulado de 64% em 12 meses. Após a divulgação dos resultados, economistas já falam em alta acumulada de 90% nos preços até o fim do ano.

A Argentina vive momentos de incerteza na economia após a troca de comando no Ministério da Economia. A saída de Martín Guzmán do cargo, no primeiro fim de semana de julho, mergulhou o país na incerteza de levar adiante ou não o acordo com o Fundo Monetário Internacional. O FMI emprestou US$ 44 bilhões ao Banco Central Argentino e como contrapartida cobra a redução do déficit fiscal e a implantação de reformas econômicas.

A nova ministra, Silvina Batakis, anunciou na segunda-feira (11) que cumpriria o acordo com Fundo e disse ser favorável a responsabilidade fiscal. Ela anunciou medidas de reorganização da máquina pública e prevê economia superior a 600 milhões de pesos até o fim do ano.

Mas a cotação do dólar continua a subir e a pressionar os preços dos produtos no país. Empresários anunciaram remarcações de até 20% por conta da incerteza econômica. Para conter a disparada da moeda americana, Batakis anunciou aumento nos impostos para compra e transações em dólares. Antes, já tinha sido anunciada restrições nas compras em dólares no cartão de crédito.

Novos protestos estão marcados para os próximos dias no país. Sindicatos de trabalhadores cobram um encontro com a ministra da Economia para cobrar a retomada do poder de compra dos trabalhadores, mas não há previsão para que o encontro de fato ocorra.

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