Antes mesmo de ser oficialmente coroado, o que vai ocorrer em cerimônia neste sábado (6), o rei Charles III já enfrenta pressões. Líderes indígenas de ex-colônias britânicas exigiram nesta quinta-feira (4) que o monarca apresente um pedido de desculpas por "séculos de racismo" e o "legado de genocídio", crimes que atribuem à Coroa.

Representantes indígenas de 12 países da Commonwealth também pediram indenizações financeiras e a devolução dos tesouros culturais roubados. A carta é assinada por líderes da Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné e de vários países do Caribe.

O rei Charles III já admitiu que a Coroa deve "reconhecer os erros" do passado. No entanto, nunca se desculpou formalmente pelos acontecimentos históricos.

Uma das representantes indígenas que assinam o pedido é a ex-atleta olímpica Nova Peri. Ela é a primeira mulher aborígene eleita para o Parlamento Federal da Austrália e defende que chegou o momento de "reconhecer as consequências terríveis e duradouras" da colonização e o "legado de genocídio" sentido por muitas populações indígenas.

O documento ainda pede que Charles III dê início a discussões para indenizar as populações indígenas.