Impactos políticos e econômicos impedem Europa de liderar transição ambiental

Países do 'Velho Continente' buscam capitanear ações em prol do meio ambiente, mas enfrentam resistência pelo alto custo na vida dos europeus

Da Redação com Felipe Kieling

A Europa tem tentado se posicionar como líder na questão ambiental, mas não tem conseguido muitos avanços. O principal motivo é o alto custo de vida, que se reflete em votos nas eleições, com candidatos que são contra avanços nas questões ambientais.  

Um exemplo disso foi em Londres, onde o prefeito Sadiq Khan queria expandir uma zona de baixa emissão - espécie de rodízio com carros que poluem mais pagando uma taxa ambiental-, mas o partido conservador se opôs à medida e a ação afetou o resultado das eleições.

A dificuldade de avançar nas questões ambientais também aconteceu com a Alemanha, que postergou o plano de fechar algumas usinas de carvão, altamente poluentes, por conta do aumento no preço da energia.  

A medida, no entanto, sofre resistência política já que a desativação das usinas encareceria as contas de luz e poderia prejudicar - ainda mais- a economia local.

Em 2019, haverá eleições para o Parlamento Europeu e muitos políticos estão temerosos de que essa onda 'anti-meio ambiente' possa gerar consequências na votação, como a eleição de políticos abertamente contrários à ideia de transição energética.