A Europa tem tentado se posicionar como líder na questão ambiental, mas não tem conseguido muitos avanços. O principal motivo é o alto custo de vida, que se reflete em votos nas eleições, com candidatos que são contra avanços nas questões ambientais.
Um exemplo disso foi em Londres, onde o prefeito Sadiq Khan queria expandir uma zona de baixa emissão - espécie de rodízio com carros que poluem mais pagando uma taxa ambiental-, mas o partido conservador se opôs à medida e a ação afetou o resultado das eleições.
A dificuldade de avançar nas questões ambientais também aconteceu com a Alemanha, que postergou o plano de fechar algumas usinas de carvão, altamente poluentes, por conta do aumento no preço da energia.
A medida, no entanto, sofre resistência política já que a desativação das usinas encareceria as contas de luz e poderia prejudicar - ainda mais- a economia local.
Em 2019, haverá eleições para o Parlamento Europeu e muitos políticos estão temerosos de que essa onda 'anti-meio ambiente' possa gerar consequências na votação, como a eleição de políticos abertamente contrários à ideia de transição energética.