Usado como referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel de imóveis, o Índice Geral de Preços - Mercado, desacelerou para 0,66% em agosto. A taxa, que é medida pela Fundação Getúlio Vargas, havia variado 0,78% em julho.
Na avaliação da FGV, um dos fatores que impediram uma desaceleração mais forte do IGP-M foi a crise hídrica.
A taxa é composta por subíndices. O de Preços ao Consumidor, foi impactado, principalmente, pelo preço da energia, para a qual é esperado novo reajuste em setembro e pela gasolina.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que também compõe o IGP-M, foi impactado pelas culturas do milho e do café, que sofreram com a estiagem, e registraram forte avanço em seus preços.
As matérias-primas resultaram em um aumento de 25,08% no que diz respeito aos produtos finais e 45,27% para os intermediários.
Cinco itens da lista de despesa contrariaram a média e elevaram a inflação: alimentação, saúde e cuidados pessoais, despesas diversas, transportes e vestuário.
Por fim, também integra o IGP-M o Índice Nacional de Custo da Construção, que variou 0,56% em agosto, depois que dois dos três grupos dessa taxa apresentaram aceleração.
Mesmo com a desaceleração de agosto, o Índice Geral de Preços - Mercado acumula alta de 16,75% no ano. O porcentual é ainda maior no acumulado dos últimos 12 meses, chegando a 31,12%.