Após análise de DNA, homem que ficou preso injustamente por 12 anos é libertado

Carlos Edmilson da Silva foi condenado em 10 casos de estupro; as penas somadas chegavam a 137 anos de prisão

DA REDAÇÃO

Um homem que ficou preso injustamente por 12 anos, condenado por 10 estupros contra mulheres na Grande São Paulo, foi solto pela Justiça. Carlos Edmilson da Silva foi inocentado após exames de DNA apontarem quem foi o verdadeiro estuprador que atacou as vítimas. 

Quando foi preso pela Polícia Civil de Barueri em 2012, Carlos tinha 24 anos. Ele foi apontado pela investigação como o "maníaco" que havia atacado e abusado sexualmente de 10 mulheres na cidade de Barueri e na vizinha Osasco.

Carlos sempre negou os crimes, que ocorreram entre 2010 e 2012, mas foi reconhecido por foto e depois presencialmente pelas vítimas. Ele acabou julgado e condenado a pena de 137 anos, 9 meses e 28 dias de prisão em regime fechado.

Verdadeiro estuprador está na mesma penitenciária que Carlos ficou

O verdadeiro estuprador está preso na mesma penitenciária de Itaí, onde Carlos ficou preso por 12 anos.

O criminoso foi identificado pelo Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística como José Reginaldo dos Santos Neres. Ele também é um homem negro, atualmente com 34 anos, e já cumpria pena por roubos.

O material genético do verdadeiro estuprador foi encontrado em cinco das 10 vítimas.

Pedido de comparação de DNA

O pedido para comparar o DNA foi feito pelo Ministério Público. Nenhuma outra autoridade havia solicitado o exame ao Instituto de Criminalística ao longo dos 12 anos.

Por meio de nota, a Polícia Civil afirmou, que se constatadas irregularidades na investigação, vai abrir apuração na Corregedoria. A defesa de Carlos Edmilson da Silva ainda não informou se entrará com pedido de indenização. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que vai analisar o caso. 

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