O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende anunciar nesta terça-feira (13) de dois a quatro nomes de futuros secretários para compor a equipe econômica do próximo governo. Existe a previsão de uma entrevista coletiva às 18h30 para o anúncio. Antes, o petista se reúne com o atual ministro Paulo Guedes e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Haddad afirmou nesta segunda-feira (12) que não pretende ter “uma escola de pensamento comandando a Economia” e espera pluralidade de vozes entres os conselheiros que o rodeiam. Ele também sugeriu a criação de um conselho de notáveis para auxiliar na tomada de decisões.
O nome do ex-prefeito de São Paulo para comandar a área econômica ainda gera desconfiança no mercado financeiro e informações de que o futuro governo poderia mudar a Lei das Estatais, que impede a indicação de nomes políticos para bancos públicos.
Entre os nomes mais cotados para participar da equipe de Haddad está o do economista Bernard Appy, que é especialista em tributação. Um projeto desenhado por ele é defendido como o início da reforma tributária desejada pelo futuro governo. O futuro ministro também disse esperar indicações de mulheres para ocupar secretarias.
Em entrevista, Fernando Haddad disse também esperar a indicação do futuro ministro do Planejamento para decidir a equipe completa que o auxiliará. Ele confirmou ter feito indicações ao presidente eleito, mas ressaltou que não sabe quem será a indicação de Lula para o cargo.
A área de economia, atualmente concentrada nas mãos do ministro Paulo Guedes, será dividida em três pastas: Fazenda, Planejamento e Industria, Comércio e Serviços. Para esta última, existe a expectativa da indicação de um nome do empresariado.
Haddad foi anunciado como futuro ministro da Fazenda na última sexta-feira (09) e tem como principal missão antes de assumir o cargo a aprovação da PEC da Transição. A medida expande o teto de gastos e permite gastos extra de R$ 145 bilhões para o Orçamento de 2023. A proposta já passou pelo Senado, mas ainda precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados.