O ministro da Fazenda afirmou nesta sexta-feira (19) que o Brasil tem a obrigação de buscar uma taxa de crescimento econômico maior do que a média mundial. Fernando Haddad participou de um seminário organizado pelo Banco Central, em São Paulo, e destacou o potencial tecnológico do país.
Segundo ele, há, sim, espaço para um novo corte da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano, principal ponto de embate entre o governo federal e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Apesar da cobrança, Haddad adotou um tom moderado e garantiu que tanto o Ministério da Fazenda quanto o Banco Central têm trabalhado para garantir a harmonia entre as políticas fiscal e monetária. "Somos dois braços do mesmo organismo e temos que trabalhar pelo mesmo objetivo", disse o ministro.
Na saída do evento, conversando com jornalistas, Haddad voltou a criticar a meta anual de inflação. Para ele, o índice deveria ser contínuo, permitindo uma referência de maior prazo. A mudança, no entanto, dependeria da aprovação de outros Poderes, incluindo o aval do presidente Lula.