O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (02), em Brasília, que não pretende reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio para conter a alta do dólar.
“Aqui na Fazenda, estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal com o presidente para apresentar a ele propostas para cumprimento do arcabouço em 2024, 2025 e 2026. Eu acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central [...] quanto em relação ao arcabouço fiscal”, disse o ministro.
Atualmente, o imposto sobre operações cambiais é de 6,38%. Para compra de moeda estrangeira em espécie, a taxa é de 1,1%.
Na segunda-feira (01), a moeda norte-americana fechou em R$ 5,65 e já atingiu uma cotação máxima de R$ 5,68, com investidores ainda repercutindo as críticas de Lula ao Banco Central e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Haddad enfatizou que pretende se encontrar com o presidente Lula nesta quarta-feira (03) para avançar a discussão de um plano de revisão de gastos e cortes de despesas. O ministro reiterou a preocupação do chefe do Executivo brasileiro com a alta do dólar.
“Ele está preocupado. Ele elogiou o arcabouço fiscal, elogiou a autonomia do Banco Central e é nessa linha que nós vamos despachar com ele amanhã”, afirmou Haddad.