Haddad indica novos diretores para o Banco Central

Economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira ainda devem passar por sabatina no Senado Federal

BandNews FM

Governo Lula indica dois novos nomes para o Banco Central.
Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (30) os nomes dos indicados a diretorias do Banco Central (BC). O professor de economia Paulo Picchetti foi apontado para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, enquanto o servidor Rodrigo Alves Teixeira foi o escolhido pelo governo para o comando da área de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. 

Picchetti e Teixeira substituirão os atuais diretores Fernanda Guardado e Mauricio Moura, respectivamente, cujos mandatos terminam em 31 de dezembro. Os novos indicados pelo governo Lula precisarão ser sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e aprovados pelo plenário do Senado Federal para assumir os cargos.

Paulo Picchetti é mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele também foi coordenador de índice de preços na Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Teixeira, por sua vez, é formado em ciências econômicas pela USP, trabalhou como vice-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atua como servidor de carreira da autoridade monetária desde 2002.

O governo tem a expectativa de que os nomes sejam aprovados ainda neste ano para que possam estar presentes na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2024. O BC conta com oito diretores, além do presidente Roberto Campos Neto. Dois dos atuais integrantes também foram indicados pelo governo Lula: Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo da Fazenda e atual diretor de Política Monetária, e Ailton de Aquino Santos, diretor de Fiscalização.

A principal função dos diretores do BC é desenhar a política monetária do país, monitorando a inflação. A principal ferramenta para manter os preços sob controle é a Selic, a taxa básica de juros. A cada 45 dias, o Copom define os juros básicos da economia. 

Ao longo deste ano, Lula criticou repetidamente o Banco Central por manter a Selic em patamares elevados, o que, segundo ele, tem desacelerado a economia.

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