O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que o governo trabalha para garantir o equilíbrio fiscal – com déficit zero – já no ano que vem.
A afirmação foi feita em entrevista concedida neste fim de semana ao Canal Livre, da Band.
A nova regra fiscal – que limita o crescimento das despesas – já foi aprovada pela Congresso e era vista como uma das prioridades do Palácio do Planalto.
Apesar de ter no horizonte novas fontes de receita, Fernando Haddad afirma que a equipe econômica também está de olho no corte de gastos.
Questionado sobre os riscos ao orçamento apresentado pelo governo, Fernando Haddad citou a questão dos precatórios.
Durante a gestão Jair Bolsonaro, o Congresso aprovou uma PEC que permitiu o parcelamento dos valores, mas a indefinição do tema – discutido no Supremo Tribunal Federal – pode fazer com que o governo tenha que desembolsar até R$ 100 bilhões.
Sobre a reforma tributária, Fernando Haddad afirmou que vê a proposta como prioridade para o segundo semestre.
O texto já foi aprovado na Câmara e pode ser votado pelo Senado no mês que vem.
Para o ministro da Fazenda, a proposta é "imprescindível" para o crescimento da economia e da produtividade no Brasil.
Outro projeto que tem a atenção do governo federal para equilibrar os cofres da União é a reforma administrativa.
Defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a proposta pode gerar uma economia de até R$ 180 bilhões em 10 anos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que, se estiver "nos termos corretos", a matéria será apoiada pelo Palácio do Planalto.
Mais um fator que pode ajudar a economia brasileira – na avaliação de Fernando Haddad - é a redução da taxa básica de juros.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central volta a se reunir para decidir o rumo da Selic, que está em 13,25% ao ano e a expectativa é de um novo corte de 0,5 ponto porcentual na Selic.
Para Fernando Haddad, a inflação está controlada e deve ficar abaixo de 5% em 2023.