O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu novamente nesta quinta-feira (28) com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, e outras lideranças partidárias para discutir a proposta de ajuste das contas públicas.
O chefe da equipe econômica do governo federal classificou a reunião como "positiva", destacando que a reação foi bastante favorável e com “um espírito de abertura muito grande para o diálogo”.
Sobre o corte de gastos, o presidente do Congresso Nacional explicou que o debate das medidas será prioridade nas próximas semanas, antes do recesso de fim de ano no Senado.
Depois de quase um mês de debates, o governo federal detalhou o pacote de corte de gastos. De acordo Haddad, a previsão é de que as medidas gerem uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026. Todas as propostas precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional.
A principal medida anunciada foi a lei que prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Atualmente, o limite de isenção é para quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824). A alteração deve ser enviada ao Congresso Nacional nos próximos dias. Se aprovada, ela deve entrar em vigor em 2026.
Além disso, Haddad também antecipou outras medidas, como a taxação de ricos; correção do abono salarial pela inflação; um pente-fino em benefícios sociais, como no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a instituição de uma idade mínima para aposentadoria de militares.
No caso dos militares, a proposta prevê o aumento da idade mínima para aposentadoria de 50 para 55 anos e o fim da morte fictícia, ou seja, o fim da pensão para familiares de militares expulsos.
Após reunião com Haddad, a expectativa é de que os temas sejam discutidos e até votados no mês de dezembro.