O ministro da Fazenda contestou nesta segunda-feira (17) o cálculo feito pelo Ipea que estimou em 28% a alíquota do imposto sobre Valor Agregado (IVA), criado por meio da reforma tributária. Fernando Haddad afirmou que "é preciso olhar as premissas do estudo para não nos assustarmos".
O imposto prevê agregar cinco tributos: três federais - IPI, PIS e Cofins; um estadual - o ICMS; e um municipal - o ISS, e vai taxar o consumo de bens e serviços no país.
Se o porcentual for confirmado, o IVA brasileiro será superior ao da Hungria, de 27%, considerado o maior do planeta. Por aqui, a alíquota será definida por lei complementar e a expectativa inicial era de que ficasse em torno de 25%.
No entanto, segundo o Ipea, regimes especiais - com isenções e alíquotas reduzidas incluídas no texto - devem pressionar por um porcentual maior. O texto da reforma está sob análise do Senado e deve sofrer alterações, o que a levará de volta à Câmara.
Segundo o ministro, o estudo não considerou outros fatores como o impacto das mudanças tributárias sobre a sonegação e evasão fiscal.