O hacker Walter Delgatti Neto deve prestar um novo depoimento para a Polícia Federal nesta sexta-feira (18) depois do que apresentou durante a sessão da CPI Mista que investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro.

Considerado um depoimento "bombástico" pelos governistas e "mentiroso" pela oposição, Delgatti declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro disse a ele que tinha conseguido grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Mesmo podendo ficar em silêncio, por autorização do Supremo Tribunal Federal, o hacker afirmou que o marqueteiro da campanha de Jair Bolsonaro, Duda Lima, pediu que ele criasse uma "código-fonte falso" para mostrar uma possível manipulação do sistema eleitoral.

Delgatti também disse que o então presidente Jair Bolsonaro ofereceu um indulto a ele caso fosse preso.

Ele afirmou que o ex-chefe do Executivo ressaltou que “a manipulação seria a salvação do povo brasileiro” quando a deputada Carla Zambelli pagou para que o hacker fosse até Brasília, com a ideia de mudar o código fonte do Tribunal Superior Eleitoral para confundir as urnas.

Em 2019, Delgatti ficou conhecido por ter entrado em celulares que eram atribuídos ao então ministro da Justiça Sergio Moro e aos integrantes da Operação Lava Jato.

Anteriormente, ele também tinha afirmado que recebeu R$ 40 mil pela deputada Carla Zambelli por redigir o documento falso.