Será enterrado nesta segunda-feira (07) o ator Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez. Ele morreu na noite de domingo (06), em casa, vítima de uma parada cardíaca, segundo nota divulgada pela Igreja Batista da Lagoinha, congregação que o ordenou pastor em 2017.
Aos 53 anos, Guilherme de Pádua será velado a partir das 10h30 desta segunda (07) e o sepultamento está previsto para 14h30.
Em comunicado, o grupo religioso ressaltou a trajetória de Guilherme: "Com 53 anos completados no último dia 2 de novembro, Guilherme compunha o time pastoral da Lagoinha desde sua ordenação, em 2017, liderando o ministério Recomeço, que atua dentro e fora dos presídios da capital mineira e região metropolitana. Antes disso, já havia sido acolhido como ovelha e servia como voluntário nas mais diversas áreas, sempre lidando com os desprezados e marginalizados”.
A igreja afirmou ainda que a Pádua viveu uma transformação: “Em sua caminhada como pastor, Guilherme viveu longe dos grandes púlpitos. Não era visto pregando para multidões, mas atuava diariamente nas mais diversas obras com aqueles que a sociedade, muitas vezes, prefere jogar para escanteio. Guilherme testemunhou a possível transformação que há em Jesus. O recomeço reservado para todos aqueles que nele creem”.
A congregação batista acolheu Pádua em 1999, logo que ele foi solto da prisão, após cumprir pena de 6 anos e 9 meses.
RELEMBRE O CASO
Guilherme de Pádua fazia par romântico com Daniella Perez na novela “De Corpo e Alma”, escrita pela mãe da atriz, Glória Perez.
No dia 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado em um matagal na Barra da Tijuca com dezoito perfurações pelo corpo, a maioria na região do coração.
Guilherme e Paula Thomaz, sua esposa na época, foram condenados por homicídio qualificado e receberam sentença de vinte anos de prisão. A motivação do crime teria sido vingança de Pádua contra Glória Perez, após a autora diminuir sua participação na novela, e também o ciúme de Paula em relação às cenas entre a atriz e o esposo.
Durante as investigações, os réus apresentaram versões diferentes do caso. Paula Thomaz negou participações no assassinato. Já Pádua chegou a assumir a culpa, mas, depois sustentou a explicação de que a ex-esposa foi a responsável pela morte da jovem.