O governo da Guiana afirmou nesta quinta-feira (04) que não permitirá a anexação da região de Essequibo pela Venezuela.
A lei, que torna o território uma província da Venezuela, foi promulgada pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, na última quarta-feira (03) em uma cerimônia de assinatura da "Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo”.
A Guiana classifica a decisão uma violação flagrante dos “princípios mais fundamentais do direito internacional”.
A decisão de Maduro ocorreu após um referendo realizado pela Assembleia Nacional no fim do ano passado, em que 95% dos eleitores votaram a favor da anexação do território ao mapa da Venezuela. A consulta pública, no entanto, teve a participação de menos de metade da população.
A ação do ditador contradiz o acordo bilateral de dezembro de 2023, em que ambos os países, Guiana e Venezuela, concordaram em proibir ameaças e o uso da força para a conquista de Essequibo.
A região representa 75% do território da Guiana e é disputada há mais de 100 anos. O conflito se intensificou após a descoberta de uma reserva de 11 bilhões de barris de petróleo no local.