A guerra na Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24) e a invasão do território pela Rússia parece estar longe de acabar, já que as conversas de paz estão paralisadas e não existe qualquer indicativo de um diálogo entre ambas as nações.
Na Europa, monumentos foram iluminados com as cores da bandeira ucraniana e bandeiras da União Europeia foram colocadas a meio mastro em Bruxelas. A Ucrânia não faz parte do bloco, mas é apoiada militarmente e economicamente pelos países do Ocidente.
Nesta quinta-feira (23), a ONU aprovou uma resolução pedindo a imediata retirada das tropas russas da Ucrânia. O Brasil votou a favor da proposta, mas acrescentou no documento palavras mais amenas e que buscam levar o país ao papel de mediador de um possível cessar-fogo.
O Kremlin disse que analisa a proposta brasileira de ser mediadora da mesa de negociações. Desde que assumiu a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende uma negociação de paz coordenada por países não ligados diretamente ao conflito.
Passado um ano, a guerra não afeta apenas aqueles que estão em áreas conflagradas, mas espalha consequências pelo mundo. A inflação dos alimentos por conta da paralisação das vendas do trigo ucraniano e os fertilizantes russos, além da escassez do petróleo e do gás que abasteciam a Europa, afetam diferentes países.
No lado humanitário, cerca de seis milhões de pessoas foram obrigadas a se deslocar no território e mais de oito milhões de ucranianos deixaram o país - a população total é de 43 milhões. Parte dos que foram, voltaram. Mas o recomeço da vida em um lugar que parece ter sido abandonado pelos outros é uma luta diária.
Confira as três reportagens especiais sobre o conflito:
#1: os impactos do conflito na sociedade ucraniana e russa - Bruna Barone
#2: os impactos econômicos da guerra - Alessandro Di Lorenzo
#3: as negociações fracassadas em busca de paz - Isabela Mota